São 1,2 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de celular comercializadas por ano no Brasil, segundo dados do Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica - Abinee. Assim, como essa quantidade enorme chega às mãos do consumidor, uma quantidade também enorme delas sai das mãos do consumidor. E a grande maioria vai para a lata de lixo comum.
Reciclagem de pilhas
Tal informação não deveria preocupar, já que, desde 2000, todas as pilhas produzidas no Brasil têm quantidades mínimas ou quase nulas dos metais pesados mais poluidores como cádmio, mercúrio e zinco, dentro do que está estabelecido pela resolução 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), editado em 1999. Pela lei, o perigo da poluição por metais pesados em pilhas e baterias é mínimo e assim, qualquer um poderia fazer coro com boa parte dos empresários do setor que diz que é possível jogar as pilhas no lixo. O problema é que a realidade brasileira não é nada animadora. Primeiro que a instrução de jogar no lixo é válido se o houver um bom manejo do aterro sanitário, o que é uma realidade existente em apenas 10% dos aterros brasileiros, segundo estimativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além disso, nem toda pilha que você compra está dentro do padrão já que 33% do mercado são formados pelas chamadas “baterias ilegais”. Ou seja, cerca de 400 milhões de pilhas e baterias vêm de contrabando e outras origens, sem nenhuma segurança de que elas acompanham as medidas do Conama.Além dessa dura realidade do mercado brasileiro, os críticos das decisões do Conama lembram ainda que as quantidades sejam mínimas, na verdade, não refrescam muito e o perigo de poluição continua, já que são milhões de pilhas descartadas.
Incipiente no Brasil, a reciclagem ou reaproveitamento das pilhas e baterias é mínimo, tendo apenas uma fábrica em 2008 que a fazia, reciclando cerca de 6 milhões de pilhas e baterias por ano, menos de 1% do comercializado. Trata-se da Suzaquim. Outras empresas de baterias de celulares, por exemplo, colhem o material e enviam para recicladoras fora do Brasil.
Entregar para a reciclagem é a parte que qualquer consumidor pode fazer. Mas para um consumidor com fome por consciência ecológica, um bom caminho é saber como é essa reciclagem para que ela se torne uma realidade maior no futuro, além de conhecer um pouco melhor os produtos derivados.
Em Pelotas, a Loja C&A, o Macroatacado Treichel, o supermercado Pois Pois e o Banco do Brasil (agência da Lobo da Costa) também oferecem o serviço de recolhimento de pilhas e baterias.
Uma boa idéia é utilizar as "pilhas usadas" para iluminar as ruas.

Todos nós sabemos que pilhas alcalinas são ruins para o ambiente. Se você não recicla-las devidamente, essas pilhas podem terminar em aterros mandando seus componentes tóxicos diretamente para o solo. O Energy Seed, do designer Sungwoo Park, é uma maneira de incentivar a reciclagem dessas pilhas e ao mesmo tempo tirar o máximo proveito das cargas que restam nelas.

Alguns equipamentos não utilizam totalmente a carga da pilha e mesmo assim indicam que estão vazias. Desse modo o Energy Seed utilizaria essa carga restante, que se para fazer funcionar uma câmera fotográfica é insuficiente, mas que para acender um anel super eficiente de LEDs, é mais do o necessário. Mesmo que alguém ainda tenha que reciclar as pilhas depois, pelo menos se aproveitou o máximo delas. Visto aqui.
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